Em Parnaguá, a maior lagoa do Nordeste está secando

A Lagoa de Parnaguá, considerada a maior do Nordeste,  com mais de doze quilometros de extensão e mais de dois de largura, que era motivo de orgulho da população do município de Parnaguá, a 823 quilometro de Teresina, está secando. Segundo  Absolão Castro Dias, da ONG Fundação Lagoa de Parnaguá-Fulapa, atualmente o espelho d´água da lagoa, na área mais profunda está com 90 centimetros de profundidade.

O ambientalista diz que a população está apreensiva com o desaparecimento da lagoa vez que diariamente a água evapora gradativamente. “Nas laterais já secou cerca de dois quilometros”, assegura. Segundo ele, a grave situação o levou a procurar a CODEVASF para que se sensibilize e promova a revitalização dos rios que alimentam a lagoa como o Paraim, assim como também o Rio Corrente, ambos em estado deplorável. “O rio Paraim secou completamente, cena que nunca haviamos visto antes, o Rio Corrente tem apenas um fio de água”, afirma.

Junto com a lagoa morrem também diversas espécies de animais, principalmente o gado que entra em busca de água e termina atolando no lamaçal que se formou no leito. Quanto aos peixes, Absalão informou que desapareceram.

Segundo ele, a  Codevasf ficou de enviar técnicos para verifificar a situação e ver o que pode ser feito. “Falei para  eles que não queremos mais saber  de palestras aqui, o que queremos é uma ação concreta para salvar a lagoa”, comenta Absalão, informando que ao longo dos anos, a única ação dos governos é levar seminários e palestras sobre assuntos voltados ao meio ambiente, que, em sua opinão, pouco servem.

“Se palestras adiantasse para alguma coisa, os professores daqui seriam concientes, o que não aconteçe, aqui você não ver um professor ensinando alunos a cuidar da lagoa, a fazer uma visita, ou mesmo falar de educação ambiental”, disse Absalão.  

Ele disse ainda que há mais de vinte anos os parnaguenses mais conscientes vem cobrando das autoridades governamentais, atenção para a preservação da lagoa e dos rios da região, mas, infelizmente, “só nos enviam cinzas”, referindo-se ao desmatamento descontrolado para produção de carvão.

fonte:piauisempreverde

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