quarta-feira, 17 de outubro de 2012

TJ já descobriu dois milhões de terra griladas no Piauí


TJ já descobriu dois milhões de terra griladas no Piauí
Em menos de um ano que foi criada, a Vara Agrária do Tribunal de Justiça do Piauí-TJ, que funciona em Bom Jesus, Sul do Estado, já conseguiu detectar aproximadamente dois milhões de terras públicas que foram griladas na região. A informação é do Corregedor Geral do TJ, desembargador, Francisco Paes Landim que revelou ainda a vulnerabilidade em que se encontram os cartórios de registros de imóveis de todo o Piauí.
A situação por ele considerada “caótica” mostra que o estado de conservação dos documentos cartoriais facilita a prática da corrupção e do grilo de grandes áreas, através da produção de documentos registrados manualmente com facilidade de rasuras e sem a preocupação com a durabilidade.
Em pelo menos 123 cartórios, a maioria no Sul do Estado, a Corregedoria constatou que os tabeliães ainda utilizam o registro manual. “Existe um  enorme volume de livros notadamente o de registro imobiliário, livro das transcrições das transmissões já em total estado de decomposição ou caminhando para uma situação deplorável”, disse o desembargador.

Metade do imóvel rural do Estado do Piauí grilado, hum milhão de hectares, foi parar nas mãos do grupo Ralf Nassar, autorizado pelo o ex-governador Wellington Dias em 2010, contrariando parecer do Instituto de Terras do Piauí-INTERPI.
Agora, o juiz  da Vara Agrária, Eliomar Rios, está investigando o que aconteceu, porque o Estado desistiu das Ações de Nulidade de Ato Jurídico das terras, já que existem pareceres de procuradores do próprio INTERPI revelando com provas que houve crimes envolvendo órgãos como a COMDEPI e o próprio INTERPI, inclusive a venda de terras com escrituras falsas.
Na época, os procuradores que agiram corretamente, pediram abertura de inquérito policial, envolvendo funcionários do INTERPI, COMDEPI e cartórios que cometeram crimes de estelionato, formação de quadrilha, falsificação de documento público e uso de documento falso. Porém, os pareceres foram engavetados. (Tânia Martins)
fonte:piauisempreverde

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