quarta-feira, 4 de maio de 2011

ENERGIA VERDE

A empresa carioca JB Carbon S/A desistiu definitivamente de continuar com o projeto Energia Verde, de produção de carvão vegetal na área da Serra Vermelha,depois de sofrer uma grande oposição por parte da opinião pública nacional e sucessivas derrotas na Justiça.A ideia agora é levar um grupo de jornalistas ao local para documentar a destruição dos 300 fornos que foram construídos no condomínio Chapadão do Gurguéia, região entre os municípios de Curimatá, Redenção e Morro Cabeça no Tempo.




Em Brasília, o projeto corre em ritmo acelerado no Ministério de Minas e Energia, aguardando apenas a licença prévia de instalação que deve ser concedida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Piauí (SEMAR), para iniciar os trabalhos de levantamentos da rede de distribuição que vai ligar a Serra Vermelha com a subestação de Bom Jesus.
Em termos de conservação ambiental, o empreendimento não muda muita coisa em relação ao Energia Verde. O projeto funcionará através de um plano de manejo florestal, dividido em vários lotes, que serão desmatados anualmente. A empresa JB Carbon pretende mostrar que as áreas desmatadas em 2006 e 2007 para produção de carvão vegetal já se encontram em avançado estágio de regeneração.
Considerada uma das formas mais atrasadas e ambientalmente incorretas de produzir energia elétrica, a geração da usina será a base de lenha nativa extraída das florestas da região. A preocupação de pesquisadores e ambientalistas continua sendo a mesma, ou seja, o Governo deve autorizar um projeto desse porte sem ao menos conhecer detalhadamente a biodiversidade do local que abriga a última floresta do semi-árido nordestino.http://www.youtube.com/watch?v=6pl6gvfvDU0
Para os ambientalistas do Piauí, a ampliação do Parque Nacional Serra das Confusões até as proximidades do condomínio Chapadão do Gurguéia e que poderia ser um empecilho ao projeto, na verdade, terminou autorizando planos de manejo florestal na área de entorno da reserva, caso único no Brasil, tendo em vista que as terras que ficam nas próximidades de parques nacionais devem ser protegidas.
No entanto, o decreto presidencial que ampliou a área da Serra das Confusões, traz em seu conteúdo, uma cláusula que passa a permitir planos de manejo florestal nessa área, o que de certa forma, deu o aval jurídico que a empresa precisava para continuar com os planos de desmatar a floresta da Serra Vermelha.
A esperança agora dos ambientalistas é que na próxima quarta-feira, dia 4 de maio, quando a Assembléia Legislativa do Piauí realiza uma audiência pública para esclarecer a lei da Mata Atlântica, que determina a preservação de uma série de formações florestais, entre elas, parte da floresta da Serra Vermelha, impeça definitivamente o desmatamento da região.

FONTE:180 GRAUS

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