terça-feira, 15 de novembro de 2011

Juiz de Curimatá está na capital preso no Corpo de Bombeiros


Osório Marques Bastos estava em prisão domiciliar em Curimatá e foi transferido a pedido do Ministério Público.

O juiz da cidade de Curimatá, Osório Marques Bastos, foi trazido na noite desta segunda-feira (14) para Teresina. Condenado em 2009 a 11 anos e 8 meses de prisão, por crimes de falsificação de cartas precatórias, o magistrado também responde a processos por torturas, duplo homicídio e uso de armas restritas das forças armadas. 

Osório Bastos estava em prisão domiciliar, em um sítio na zona rural de Curimatá, sob a justificativa de problemas de saúde, mas o Ministério Público Estadual solicitou que ele fosse recambiado e seu regime prisional modificado após ter a informação de que o juiz não havia mais dado entrada em hospitais ou clínicas nas últimas semanas.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Manoel Santos, Osório Bastos está em uma sala com ar condicionado à disposição da Justiça. O juiz chegou na capital por volta das 17h.


O juiz Osório Marques Bastos foi recambiado para o Quartel do Corpo de Bombeiros em Teresina na noite da última segunda-feira (14). A mudança aconteceu através do Mandado de Remoção solicitado pelo promotor da cidade, Rômulo Paulo Cordão. Ele recebera informações de que o magistrado não seguia o regime prisional conforme a Lei – tendo sido visto fora de sua Fazenda Marrecas, na zona rural de Curimatá, onde cumpria a pena – e teria ameaçado pessoas de morte. 

Na mesma ocasião, o delegado da cidade, Danúbio Dias da Silva, cumpriu também um mandado de busca e apreensão no sítio onde encontrou uma sacola cheia de cartas de baralho e garrafas de bebida. A polícia investiga se no local funcionaria um “cassino clandestino” promovendo jogos de azar. 

O juiz Osório Bastos cumpria prisão domiciliar em sua fazenda na zona rural de Curimatá desde 2009 quando fora condenado por porte e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito das forças armadas, além de favorecimento de pessoal, já que, segundo a polícia, na época da prisão, um foragido da Justiça estava no sítio. 

O delegado Danúbio explica que o Ministério Público solicitou a remoção após a denúncia de que o juiz ameaçou duas pessoas de morte. “Algumas pessoas nos disseram em depoimentos que Osório estaria descumprindo a sentença dele, saindo de casa. Uma das testemunhas o encontrou duas vezes, uma delas inclusive de madrugada. A população em geral contava muito que ele estava reiteradamente descumprindo (a prisão), só que isso não chegava até a gente por meio de depoimento”, pontua.  

A polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão no imóvel após receber a denúncia de que no sítio funcionava um “cassino clandestino” com jogos de azar. “Recebemos muitos depoimentos de pessoas de que havia jogos de azar, carteado. Apreendemos no local um volume com o baralho, garrafas de uísque e cerveja. Havia também muitas cartas espalhadas pelo chão”, descreve. 

Segundo o delegado, este é o primeiro passo para abrir um inquérito e investigar se o local era realmente um ponto para a prática de jogos de azar. Preliminarmente, constatamos que havia jogatina e os indícios levam a crer que existiam jogos de azar. Vamos ver se havia apostas e a contravenção penal”, acrescenta. 

Danúbio Dias disse que, ao cumprir o mandado de remoção, interrogou o juiz que negou tanto as acusações de ameaça e não cumprimento da prisão domiciliar como a da prática de jogos de azar. 
fonte:cidade verde

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