Com as campanhas sistemáticas, há dois anos o Estado conseguiu sair do risco desconhecido
O pecuarista Hélio Paranaguá, dono de fazendas de gado no município de Parnaguá, na região do Extremo Sul do Piauí, acredita que este ano o Estado alcançará o estágio de área livre de febre aftosa com vacinação, permitindo uma maior valorização do rebanho piauiense.
“O Piauí viveu muito tempo brincando de febre aftosa, mas agora está no caminho certo e acredito que desta vez nos livraremos do risco“, disse ele, em entrevista na sede de sua principal fazenda, a Miridan, onde cria cerca de duas mil cabeças de gado da raça Nelore.
Aos 82 anos de idade e criador desde 1957, Hélio Paranaguá foi quem mais cobrou ação do governo para tirar o Piauí do risco desconhecido de febre aftosa, que desvalorizava o rebanho e impedia que o gado fosse comercializado com outros estados. Ele reconhece que nos últimos anos, finalmente, o governo resolveu encarar o problema e foi em busca da única saída possível, a vacinação.
Com as campanhas sistemáticas, há dois anos o Estado conseguiu sair do risco desconhecido e passar para o estágio de risco médio com vacinação. “Estamos no caminho certo e em novembro tenho certeza de que vamos chegar ao estágio de área livre com vacinação”, assegura o criador.
Segundo Hélio Paranaguá, ao passar para o risco médio, saindo do risco desconhecido, o rebanho piauiense mais do que dobrou de preço. Um bezerro, que antes era vendido a R$ 150 e R$ 200 hoje chega a custar R$ 600. Quanto aos preços no futuro, com a área livre de febre aftosa, ele reconhece que vai depender do comportamento do mercado.
O Piauí possui um rebanho bovino estimado em 1,7 milhão de cabeças, maior parte dele concentrado na região do município de Corrente. Na última campanha de vacina contra a febre aftosa, mais de 95% do gado foi vacinado, índice reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento.
fonte;180graus
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