terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Junta médica analisou juiz de Curimatá, garante promotor


CURIMATÁ: Documentos da Justiça e do Ministério Público contrariam reclamação de abuso contra Osório Bastos.

A Justiça e o Ministério Público do Piauí emitiram documentos que contestam as reclamações da defesa do juiz Osório Marques Bastos, que se queixa do tratamento dado ao magistrado acusado em 11 processos. No início do mês, de acordo com o advogado Osório Bastos Filho, seu pai e cliente teria sido forçado a participar de uma audiência mesmo sem condições de saúde. No entanto, ele já teria sido submetido a avaliação de médicos do Tribunal de Justiça e depois se recusado a se alimentar durante a viagem para o Fórum de Curimatá. 

Yala Sena/Arquivo Cidadeverde.com

O Cidadeverde.com obteve acesso a um relatório do departamento de saúde do Tribunal de Justiça do Piauí, assinado em 29 de novembro de 2011. Os médicos Viriato Campelo, Cybele Odoni e Micheline Palha Dias concluíram que o juiz preso estava com pressão acima do normal (18 por 12), mas com quadro de saúde estabilizado que fazia necessária "a administração correta da medicação prescrita, além de outros cuidados importantes para o seu controle".

No mesmo documento, os médicos relatam uma queixa do juiz sobre os dias de prisão no Corpo de Bombeiros em Teresina. Osório Bastos não conseguiria tomar banho de sol por conta das escadas que levam até o pátio. Também reclamou da comida, que teria muita fritura e um dia seria insossa e no outro salgada demais.

Outro documento é um termo de depoimento do capitão Fábio Abreu Costa, comandante das Rondas Ostensivas de Natureza Especial - Rone -, responsável pela escolta de Osório Bastos de Teresina a Curimatá no dia 7 de dezembro para audiência. O policial militar relata ter se colocado a disposição do juiz para interromper a viagem caso o mesmo se sentisse mal. Segundo o depoimento, somente perto Redenção do Gurgueia o magistrado reclamou de dores nos rins, mas declarou que preferia ser atendido por um médico particular em Curimatá. 

Ainda no relato do capitão, entre 10h da manhã e 21h30, o juiz preso só pediu para parar duas vezes para urinar. Além disso, teria se recusado a almoçar. "Apenas pediu para fazer um ovo para si", diz o documento. 

Por fim, o capitão contou que Osório Bastos passou a noite no hospital, onde conversava e recebeu a visita de um filho e uma irmã. E que o juiz Juscelino Norberto negou a suspensão da audiência, informação que teria sido atribuída à defesa do acusado. 

A audiência foi interrompida depois de Osório Bastos se sentir mal. Ele foi removido para Teresina e internado no hospital São Marcos. A defesa reclamou de abuso da Justiça, pois a mesma teria sido informada que um medicamento usado pelo juiz daria sonolência e o impediria de participar do depoimento. O advogado Osório Bastos Filho divulgou vídeos do atendimento médico ao pai. Também declarou que vai desistir de recurso e enfrentar o Tribunal do Júri para provar a inocência do magistrado nas acusações de porte ilegal de arma, tortura e participação em um homicídio. 

FONTE:cidadeverde.com

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