Diretora afirma que ANP tem interesse nas bacias sedimentares do Piauí

Magda que é funcionária da Petrobras há 27 anos, afirmou que é de interesse da agência investir em estados desprivilegiados e que podem sair perdendo com a divisão dos royalties.

Em entrevista a revista Época, a primeira mulher à frente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e primeira indicação sem ligações partidárias do órgão, a engenheira Magda Chambriard, de 54 anos, falou sobre os investimentos da agência no Piauí.

Imagem: André Valentim/ÉpocaA nova diretora-geral da ANP, Magda Chambriard

Magda que é funcionária da Petrobras há 27 anos, afirmou que é de interesse da agência investir em estados desprivilegiados e que podem sair perdendo com a divisão dos royalties. No momento existe uma discussão sobre como acontecerá essa divisão. Os estados considerados produtores como o Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo vão receber bilhões com a exploração do petróleo na região do pré-sal e querem que somente eles sejambeneficiados. Só que os estados que não são considerados produtores, como o Piauí, contestam e pedem que a divisão dos lucros sejam para todos os estados, já que a região do pré-sal fica no mar, região considerada como da União, e não de um estado específico.

Magda afirma que só quando essa situação for resolvida é que poderá acontecer um leilão de áreas exploratórias de gás e petróleo. Segundo a diretora geral da ANP, a ideia é descentralizar a atividade exploratória e beneficiar outros estados que não são produtores. “O pré-sal está no litoral da parte mais rica do país: Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. E os outros? Queremos puxar esses investimentos para outras partes do país, por isso fomos estudar as bacias sedimentares do Piauí. Poderia ser em outro lugar? Poderia. Mas, como não podíamos fazer tudo ao mesmo tempo, a ANP começou pelo menor IDH”, finaliza Magda. Com informações da Época.

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