O município de Bom Jesus, a 655 km de Teresina, não dispõe de comunidade terapêutica para tratar de dependentes químicos. A constatação foi feita durante audiência pública da Frente Parlamentar de Políticas Públicas sobre Drogas realizada na Câmara Municipal nesta sexta-feira (15). O evento contou com a participação de representantes do poder público estadual e municipal e da sociedade civil organizada.
A deputada Rejane Dias, presidente da Frente, fez a abertura da audiência e mostrou o trabalho já realizado pela Frente que já realizou audiências públicas em três municípios, visitou comunidades terapêuticas e apresentou projetos de leis , como o que pune quem vende bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes.No final das audiências será elaborado o diagnóstico da situação das drogas no Estado e apresentadas propostas para resolver o problema.
Durante a audiência vários representantes do poder público e da sociedade falaram sobre o problema. O delegado da cidade, Juciêr Alyson Alves dos Santos revelou as dificuldades da polícia em combater o tráfico de drogas no município e em outros seis em que ele é responsável. O delegado disse que só dispõe de cinco agentes e três escrivães e não tem viaturas descaracterizadas para realizar o trabalho de investigação. Mas mesmo com dificuldades, ele informou que recentemente foram presos três traficantes e na gestão passada foram presos 13 traficantes.
O delegado disse que para combater o tráfico é preciso fazer integração entre os vários órgãos, pois sem habitação, educação e saúde é difícil acabar com o problema das drogas. “É preciso tomar conta da cidade, senão o nosso trabalho será o mesmo que enxugar gelo”.
O comandante da Polícia Militar em Bom Jesus, capitão Cidcley Wattson da Silva Nascimento informou que será implantado no município um Pelotão mirim e que a cidade vai receber as ações do PROERD, que objetiva combater a violência nos municípios.
A secretária de saúde de Bom Jesus, Cledja Moreno Coutinho revelou que no município faltam profissionais capacitados para trabalhar com dependentes químicos. Representantes do Conselho Tutelar do município também revelaram as dificuldades em realizar o trabalho.
Os participantes disseram que é preciso fazer o trabalho de prevenção e para isso é necessário parcerias e integração entre todos os órgãos públicos. Eles também solicitaram mais audiências para discutir a problemática das drogas, capacitação dos profissionais de saúde, implantação de uma delegacia de entorpecentes e de uma comunidade terapêutica no município.
fonte:cidade verde
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