sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Descoberta reserva de titânio no sul do Piauí


A mineradora do empresário Olacyr de Moraes, o ex-rei da soja, descobriu no Piauí, nos municípios de Curimatá, Parnaguá e Sebastião Barros, de reservas de titânio, minério usado em ligas leves capazes de suportar altas temperaturas e utilizadas em aviões.
A descoberta foi feita durante a pesquisa para exploração de ferro feita por sua empresa, a Itaoeste Serviços e Mineração, que está iniciando a prospecção de tálio em reservas de tálio, no município de Barreiras (BA), na divisa com o Piauí. A exploração do tálio vai gerar R$ 100 milhões.
Ao mesmo tempo, o empresário Daniel Dantas, anunciou que está se preparando paraparticipar do leilão de gás natural e petróleo na bacia do rio Parnaíba, no Piauí e Maranhão, que será realizado em outubro pela ANP (Agência Nacional de Petróleo).
Sócio de Daniel Dantas, na holding Bemiza, que agrega as mineradoras GME-4 e PI-4, João Cavalcanti de Oliveira, disse que o relatório de pesquisas de ferro na região de Paulistana e Curral Novo do Piauí aponta que a reserva do minério é de 1,920 bilhão de toneladas.
João Cavalcanti disse que a pesquisa foi concluída, mas a Bemiza está esperando a liberação do DNPM (Departamento Nacional de Pesquisas Minerais) para começar a exploração do minério.
Ele disse, porém, que a exploração do ferro depende da ferrovia Transnordestina, que será concluída em 2014. “Segundo o pessoal da Transnordestina, a ferrovia só será concluída daqui a dois anos, em 2014. O empreendimento industrial estava todo comprado e agora teve esse retardamento”, falou João Cavalcante.
A Bemiza vai investir R$ 1,2 bilhão em uma usina de beneficiamento de ferro, que será instalada entre os municípios de Curral Novo do Piauí e Paulistana.
“Vamos tirar o minério de ferro que vem na rocha, mói,tritura, peneira e separa ele por magnetismo”, declarou João Cavalcanti.
O Governo do Estado vai montar um Centro de Tecnologia Mineral, em Teresina, para ampliar as pesquisas sobre os minérios do Piauí. O financiamento é feito pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, no valor de R$ 5 bilhões. É um prédio de quatro andares.
Empresas se unem para baratear produção de titânio
As empresas Altair Nanotechnologies, especializada no fornecimento de materiais nanoparticulados, e Titanium Metals Corporation, uma das maiores fornecedoras mundiais de titânio, uniram-se para explorar um novo processo de produção de titânio que poderá baratear substancialmente um dos mais nobres metais da indústria.
O processo, chamado "Fray-Farthing-Chen (FFC) Cambridge Process", foi criado pelos professores da Universidade de Cambridge George Zheng Chen, Derek Fray e Tom W. Farthing. O FFC Cambridge é utilizado para extrair metais e ligas de seus óxidos sólidos por meio da eletrólise em sais fundidos.
O titânio é promissor para uma ampla gama de usos industriais, mas que não se tornam comercialmente viáveis pelo alto custo do metal. O novo processo tem o potencial de reduzir significativamente o custo da tonelada de titânio, permitindo que estas aplicações tornem-se uma realidade.
Atualmente uma tonelada de titânio custa cerca de US$12.000,00. O alto preço é o principal responsável pela produção do metal limitar-se a 50.000 toneladas anuais, bem abaixo do potencial minerário do metal.
A Titanium Metals irá se utilizar da capacidade de Altair de controlar o tamanho, formato e estrutura cristalina de partículas de TiO2, por meio de um processo proprietário que produz pigmentos e nanopartículas de dióxido de titânio. Esta tecnologia permite a otimização da porosidade e a criação de eletrodos em formatos sob encomenda a partir tanto de TiCl4 ("tetracloreto de titânio"), como de soluções de minério de titânio.
O titânio produzido pelo método FFC pode se apresentar tanto sob a forma de pó quanto sob a forma de esponja. Em ambos os casos, a microestrutura é composta de partículas e tamanho entre 100 e 102 micra.
Tal como o alumínio e outros metais altamente reativos, o titânio pode, em princípio, ser extraído de forma muito mais econômica por processos eletrolíticos do que por processos pirometalúrgicos. No entanto, o processo pirometalúrgico desenvolvido por William J.Kroll permaneceu imbatível por mais de 50 anos. Muitas tentativas foram feitas para dissolver compostos de titânio em um eletrólito fundido e efetuar a deposição do metal no catodo. Mas os pesquisadores depararam-se com uma série de problemas, principalmente a reciclagem redox dos íons multivalentes de titânio entre o catodo e o anodo, falhas na redução e deposição dendrítica. Todos estes problemas foram solucionados pelo método FFC, no qual o titânio permanece sempre na fase sólido no catodo.
O titânio como metal não é encontrado livre na natureza, porém é o nono em abundância na crosta terrestre e está presente na maioria das rochas ígneas e sedimentos derivados destas rochas. É encontrado principalmente nos minerais anatase (TiO2), brookita (TiO2), ilmenita (FeTiO3), leucoxena, perovskita (CaTiO3), rutilo (TiO2) e titanita (CaTiSiO5); também como titanato em minas de ferro. Destes minerais, somente a ilmenita, a leucoxena e o rutilo apresentam importância econômica. São encontrados depósitos importantes na Austrália, na Escandinávia, Estados Unidos e Malásia.

fonte; meio norte

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