quinta-feira, 30 de junho de 2011

Somos todos piauienses? A divisão do Piauí, por Antonio Manoel Gayoso

Novamente fala-se da divisão do Estado do Piauí. Propõe-se que o sul separe-se do norte, pois é potencialmente mais rico.
Meros interesses políticos eleitoreiros para ganhar votos sem fundamentação lógica! Entretanto não deve prevalecer minha opinião, pois o norte pode recuperar seu potencial produtivo incluindo o turismo de eventos, comercial e do litoral. Não se esquecendo o pólo médico e de educação de alta excelência.
A unidade territorial do piauí está delimitada pelo o mar Norte, a serra da ibiapaba ao Leste, os contrafortes de Cristalândia ao sul e o o rio Paranaíba a Oeste. Vivemos e produzimos nessa área.
 As primeiras oito vilas criadas pelo o império foram: Parnaíba, Piracuruca, Campo Maior, Marvão(Castelo), Jerumenha, Oeiras e Parnaguá, beneficiando todo território, do extremo norte ao extremo sul.
Nossa colonização foi realizada do interior para o litoral. Foi a região Sul que conquistou a região Norte.
A guerra da independência foi realizada no êxito Oeiras – Campo Maior – Paranaíba (Sul e Norte juntos) para derrotar Portugual que queria manter o suprimento de carne bovina para a Coroa. O Piauí unido derrotou o Império Português.
Éramos, no final do século XIX, a 4º(quarta) economia do Brasil.
O que somos agora? Um dos estados menos favorecidos da Federação. A divisão só tornará os dois(Piauí e Gurguéia)nos estados menos favorecidos do Brasil.
Chamamos a atenção dos políticos, produtores, empreendedores, comerciantes, empresários e trabalhadores rurais e urbanos para lembrar que o crescimento econômico estar na produção e no consumo,(vendas externas e internas). Teresina é o grande mercado consumidor, entreposto comercial e de serviços para o meio Norte do Brasil.
A riqueza do Piauí está na diversidade de clima, solos, precipitações pluviométricas, altitudes e nas características físicas tias como: o mar, o rio Parnaíba, e sua bacia hidrográfica, o semi árido, o cerrado, os baixões agrícolas, as matas de transição, os lagos(Parnaguá, Buriti dos Lopes, etc...) as áreas irrigáveis( Gurguéia, Jenipapo, Longá, Piracuruca), os platôs e as grandes barragens.
Devemos explorar a capacidade de produção d matérias primas e transformação da agro-indústria. A soja, o milho, o algodão, arroz dos cerrados, o milho da região de Itaueira e baixões agrícolas, os bovinos da região sul e Campo maior, laticínios da região Norte, o extrativismo(carnaubais, babaçuais e tucunzais) do Norte e Sul, o feijão da região de são Miguel do Tapuia e Assunção, o arroz do Buriti dos Lopes, a castanha de caju, o mel de abelha, caprinos e ovinos de Campo Maior e são Raimundo Nonato, o algodão, a mamona e o feijão do semi-árido, a psicultura, os canaviais de Teresina, a cachaça de castelo do Piauí, a rapadura da puba, o limão de José de Freitas, o alho de Guaribas, as hortaliças e avicultura de Teresina, camarões e caranguejos do litoral. O turismo da Serra da Capivara ao Sul, do Delta do Parnaíba ao Norte, e ainda poderemos explorar os eucaliptos de todas as regiões, os minérios e agora o gás da bacia do rio Parnaíba.
A principal divisão do Estado do Piauí, ou seja, a criação de municípios, já foi realizada e poderá ser continuada. A família vive é no município, ali estuda, trabalha e produz. O Estado, é uma imagem figurativa da unidade territorial e do poder político. A força da comunidade prepara o cidadão. Como diz o jornalista Luís Nassif: “O dinamismo está na ponta, nos municípios, nas pequenas empresas eu não se viciaram em favores oficiais, na capacidade dessas comunidades de se organizarem e buscarem sua vocação”. Faltam ao estado do Piauí investimentos de grande porte(Partido dos Trabalhadores) unido o Governo Federal e Estadual pudessem fazer o desenvolvimento do Estado. Perderemos o “cavalo celado”, quando passará de novo?
A principal divisão do Estado do Piauí, ou seja a criação de municípios , já foi realizada e poderá ser continuada. A família vive é no município, ali estuda, trabalha e produz. O estado é uma imagem figurativa da unidade territorial e do poder político. A força da comunidade prepara o cidadão. Como diz o jornalista Luis Nassif: “O dinamismo está na ponta. Aos municípios, nas pequenas empresas que não se viciaram em favores oficiais, na capacidade dessas comunidades de se organizarem e buscarem sua vocação”. Faltam ao Estado do Piauí investimentos de grande porte(siderúgica, refinarias, industrias de grande  pequeno porte). Esperei que o PT(Partido dos Trabalhadores) unido o Governo Federal e Estadual pudessem fazer o desenvolvimento do estado. Perdemos o “cavalo celado”, quando passará e novo?
A divisão municipal amplia os recursos recebidos derruabando a tese de que com a divisão do Estado teremos mais recursos. Dividir o estado é fracionar o poder econômico. Os prefeitos e o governador são comandante dessa nova empreitada. Os senadores, deputados e vereadores, em nome da comunidade, devem participar e corrigir os rumos. O importante é a escolha desses dirigentes.
O sentimento separatista frágil existe no Maranhão, fraco em Minas gerais, inexistente em São Paulo ou Bahia, que são maiores territorialmente que o nosso Piauí e muito menos no ceará, que é mais pobre em recursos naturais. Todos estão mais ricos que o Piauí e não pensam em divisão. Será que só o Piauí deve ser dividido. Por trás do “queijo” tem alguma coisa escondida que prefiro não descobrir depois do erro cometido. Vamos trabalhar pela  unidade e pelo o crescimento econômico e social. Quebrar a  unidade territorial é quebrar nossos valores e nossa tradição, cultura e riqueza contida na diversidade.
SOMOS TODOS PIAUIENSES!
Autor: Antônio Manoel Gayoso e Almendra Castelo Branco Filho
Engenheiro Agrônomo, ex-Secretário de Agricultura do Estado do Piauí e membro da Academia de Ciências do Piauí.
fonte;campomaioremfoco

0 comentários:

Postar um comentário

SEJA BEM VINDO AO NOSSO BLOG
OBRIGADO PELO SEU COMENTÁRIO
VOLTE SEMPRE

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More